terça-feira, junho 29, 2010

Quase Famosos

Conjunto de baile com a cabeça na Lisboa dos anos 50 e 60 e os pés assentes no século XXI, João Paulo Feliciano e comparsas estendem um convite: abandone-se à sua dança!

São 11 cantores e instrumentistas, suficientes para dar corpo a uma equipa de futebol mas motivados por um objectivo bem distinto: o de recuperar os sons e o universo cénico da Lisboa pós Segunda Guerra Mundial, época em que a capital começava a abrir os braços à música vinda de África e da América Latina, com o Brasil à cabeça. É nessa bolha espácio-temporal que os Real Combo Lisbonense, uma das bandas recrutadas para a série Optimus Discos, têm orgulho de operar, ainda que com os pés firmemente assentes no século XXI. Explica o mentor do grupo, João Paulo Feliciano: "Eu faço o exercício de pensar no trabalho do Real Combo Lisbonense como o daqueles agrupamentos que tocam música barroca, com os instrumentos originais. Tal como eles, fazemos um trabalho de recuperação do património musical do passado, mas transpomo-lo para o presente, porque o grupo é vivido e pensado por pessoas de agora, para pessoas de agora".

Em palco, a banda dá o corpo ao manifesto, envergando fatos e vestidos que parecem saídos da época que inspira a música: as décadas de 50 e 60 do século passado. "Nós pensamos a música como um todo", explica João Paulo Feliciano. "Não fazia sentido irmos para o palco cada um vestido à sua maneira, isso chocaria com a ideia de conjunto que é inerente ao Real Combo Lisbonense".
Site: www.myspace.com/realcombolisbonense

Fonte: Jornal Optimus/Blitz nº 18.

Bailarico Sofisticado

Estava eu aqui sossegada, uma moça tranquila, submissa e recatada na cinzentice da sua vidinha triste, amorfa e inodora, metida cá com os meus impolutos pensamentos, eis senão quando começam os amiguinhos a mandar e-mails e sms, a envenenar-me portanto, acerca dum baile qualquer na próxima quinta-feira. Eu juro que não queria ir, palavra de honra que é verdade, mas depois... se rejeitar tão amável convite temo ofendê-los no mais profundo das suas almas, no mais íntimo dos seus delicados seres. Pois. E depois como também nunca vou a lado nenhum... nunca saio de casa... não conheço o mundo lá fora... talvez seja melhor dizer que sim, que vou... pois... malandros!

domingo, junho 27, 2010

Europa

A Europa vista pelos Norte-Americanos
A Europa vista pelos Alemães

A Europa vista pelos Franceses

A Europa vista pelos Italianos

A Europa vista pelos Búlgaros

A Europa vista pelos Ingleses

A Europa vista pelos Húngaros

German Faces

Collier Schorr é uma artista norte-americana (1963, Nova Iorque) cujo trabalho tem privilegiado a fotografia, mas também a colagem, o desenho e o vídeo. As questões em torno da história, da memória colectiva e da identidade social têm ocupado o centro das suas preocupações estéticas e conceptuais, num imaginário que oscila por diferentes géneros documentais e ficcionais. Esta exposição centra-se nos trabalhos que Collier Schorr tem realizado ao longo das últimas duas décadas numa pequena cidade, Schwäbisch Gmünd, situada no sul da Alemanha. Mais do que procurar os vestígios da guerra, ela representa uma realidade vernacular, um mundo bucólico à espera de se regenerar, de resolver ou de tornar tolerável a sua própria história. Nesse sentido, esta pequena cidade bem como estes rostos alemães compõem uma metáfora da Alemanha do pós-guerra, uma sociedade presa na sua própria história. Mas podemos perceber também um alcance mais geral, como uma ampla reflexão sobre a relação entre a imagem e a herança histórica, mas também como uma problematização crítica do icónico e das suas implicações culturais e políticas.
Até 15/Agosto/2010

terça-feira, junho 22, 2010

segunda-feira, junho 21, 2010

Paul & John

Esta aqui em cima é só mais um presentinho para os Adoradores de Beatles.

Um pequeno close-up das fotos do passatempo anterior.



Não me perguntem onde é que arranjei isto, que já não me lembro. Andam por aí, acho eu.

Nowhere Man


Tenho para vos dizer que o John Lennon também está nesta foto. Aonde? Ah, pois... ponham os óculos e digam-me vocemecês...

I Am The Walrus

Vejam lá se descobrem por ali o Paul McCartney...

sábado, junho 19, 2010

Memórias Encontradas Numa Banheira


Isto é absolutamente genial! Passei ali no excelente 100 Cabeças aqui mesmo ao lado e não resisti a copiar este pequeno vídeo. E, oh pasme-se, logo me lembrei de qualquer coisa que tinha lido há já alguns anos atrás...


"As Crónicas do Homem do Neogeno constituem um dos mais preciosos monumentos de uma idade imemorial da Terra. Remontam à fase decadente da civilização pré-caótica que precedeu a Grande Desintegração. Por um irónico paradoxo da história conhecemos muito melhor as civilizações do neogeno inferior e as culturas antigas da Assíria, do Egipto e da Grécia do que a época da pré-atomística e da astrogação primitiva. Essas civilizações arcaicas deixaram, de facto, obras escritas em osso, pedra, ardósia e bronze, enquanto no decurso do neogeno médio e superior o conjunto de conhecimentos foi conservado por meio daquilo a que se chamava o papir.


Essa substância mole e esbranquiçada que deriva da célula era laminada e cortada em folhas rectangulares. Nela se imprimia a tinta preta toda a espécie de informações, depois as folhas eram dobradas e ligadas entre si por um processo especial. (...) Não sabemos exactamente quando e onde eclodiu a epidemia de papirólise. Esse acontecimento deu-se provavelmente nas zonas desérticas do Sul do antigo Estado de Amer-Qua, onde se contruíram as primeiras bases cósmicas. (...) Desconhecemos os pormenores do cataclismo. De acordo com comunicações orais, cristalizadas só no quarto galácio, os grandes focos da epidemia foram os grandes reservatórios de papir onde estavam registados os conhecimentos. Chamavam-lhes bao-bliotecas. A reacção foi quase instantânea. No lugar das inestimáveis riquezas da memória colectiva, subsistiram apenas montanhas de poeira cinzenta, fina como cinza." (...)


Memórias Encontradas Numa Banheira - Stanislaw Lem, 1961
Caminho - Ficção Científica

terça-feira, junho 15, 2010

Retrato do Artista Enquanto Jovem - 149ª parte

Sinto uma enorme atracção pelo conceito do "absurdo", é das coisas que mais gosto na vida e onde encontro verdadeiro sentido de humor. Se observares um homem a atirar-se repetidamente contra uma parede até se transformar numa pasta de sangue, a cena só pode fazer-te rir apenas pelo absurdo da coisa. - Quem é?

segunda-feira, junho 14, 2010

ARK


CONVITE


O Presidente da Associação Comercial do Porto e João Menéres (vénia) têm o prazer de convidar V.Exa. e Família (outra vénia) para a inauguração da Exposição ARK, que terá lugar às 18h30 do dia 16 de Junho de 2010 (Quarta-feira) no Claustro do Palácio da Bolsa.

Horário da Exposição - Diariamente das 09h00 às 20h00 horas.

Poderá ser visitada até ao dia 30 de Junho.

Para vossa informação, o João Menéres é o afilhado do excelente Grifo Planante aqui mesmo ao lado. Ah, mas o convite é só para mim... obrigada, João!

sexta-feira, junho 04, 2010

In Cold Blood

Sou um escritor completamente horizontal. Não consigo pensar a não ser que esteja deitado, seja na cama ou esticado num sofá e com um cigarro e um café à mão. Tenho de estar sempre a dar baforadas e a bebericar. À medida que a tarde avança, vou passando do café para o chá de menta, o xerez e o martini. - Truman Capote

In Entrevistas da Paris Review
Selecção e Tradução - Carlos Vaz Marques

quarta-feira, junho 02, 2010

Otto e Mezzo

A vida é uma combinação de magia e esparguete.
Federico Fellini

The Road Not Taken


Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I—
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.

The Road Not Taken - Robert Frost (1874-1963)
in "The Mountain Interval"